domingo, 1 de novembro de 2009

Falar é fácil, fazer é difícil?

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. E uma atitude vale por quantas palavras?

Saporra de equilíbrio. Tem que demonstrar com atitudes, mas tem que falar. Tem que falar, mas tem que demonstrar com atitudes. Mas não em excesso. Nem em falta.

Entre a necessidade das palavras e a necessidade de atitudes, onde está a satisfação garantida ou seu dinheiro de volta?

Eu não sei.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Clube Silêncio

Você pega um livro pra ler, se acomoda da forma mais confortável, prende o cabelo pra nenhuma mecha cair no rosto e pronto, vem alguém puxar assunto. Você mal olha pra pessoa, apenas responde rapidamente e começa a ler. Claro que nisso a pessoa quer continuar o papinho e você, com seu baixo poder de concentração, não consegue dar conta da leitura e da mala falante ao mesmo tempo. Você tava ali tentando seguir um raciocínio, tentando mergulhar no texto, já construindo na sua cabeça as idéias e aquele ser sem noção vem falar. Pior. Perguntar. Então além de entender o que a pessoa está falando, você tem que bolar uma resposta. Uma frase. Algo inteligível. Sujeito, verbo, predicado, adjunto. Você não consegue. Você tá lendo! Você apela pro "aham". A pessoa não satisfeita com o seu monossilabismo, pergunta, repergunta e re-repergunta como se fosse a missão da vida dela conseguir arrancar mais de um mero "aham" da sua boca. Peraí! Que mané "aham"? Nesse ponto, você já está balbuciando qualquer coisa, qualquer combinação aleatória de vogais, na tentativa de não falar um palavrão. Ih. Silêncio. A pessoa se calou. Silêncio! Que delícia. Deve ter se tocado de que você não estava nem aí pro que ela falava, né? E olha que nem precisou do palavrão. Aproveita e lê aí. Não, não se empolga. Ela voltou a falar. Só tinha dado um tempo. Provavelmente ela tava comendo ou foi ao banheiro ou sei lá, respirou. Afinal, desde que você pegou o livro que ela não sabe o que é respirar porque ela simplesmente não ca-la-a-bo-ca! Agora é você quem respira fundo. Você não queria ter que falar, mas mesmo assim, você vira e fala que tá lendo e que quer ficar quietinha. Indisponível para dialogar. Indisponível também pra ouvir monólogos. Indisponível e inalcançável. Seus olhos voltam às páginas do livro, a pessoa diz que te entende e pede desculpas por ter interrompido antes. Mas interrompe de novo. Foi só pra falar uma coisa rapidinha. E outra. E outra. E outra. Aí, meu irmão, você realiza que o seu poder de concentração é baixo, mas o seu poder de abstração é mais baixo ainda. É mini. É micro. É anão. Voce tava chegando ao ponto G do livro e tem que ir pro ponto F. F de "Foda-se". E nesse momento o silêncio se faz mais distante, pois você grita. Como se quisesse ser lembrado após tantos decibéis alcançados pelas suas exclamações, o silêncio volta imediatamente. Depois dizem que você é grosseiro, mas você a cada dia fica convicto de que há coisas que só se consegue à base do grito. Até mesmo o silêncio.

Você sou Eu. Mas é que eu queria que se colocassem no meu lugar e percebessem como é irritante tentar ler quando não se calam. Isso é um protesto, um pedido e acima de tudo, um GRITO: não tentem conversar comigo se eu estiver lendo!!!!! Grata a gerência.

sábado, 11 de abril de 2009

O pote

Vamos deixar o pote na estante. Fechadinho. Foi tão difícil fechar. Nem sei se está bem vedado... então não mexe no potinho, não, tá?! Se reabrir o potinho, eu vou ficar putinha. Vou querer pegar o conteúdo do pote, jogar no chão e pisar em cima. Vou querer jogar no lixo! Deixa o potinho na estante. Um dia ele pode ser reaberto. Ou não. Mas é que se abrir agora, vai dar mofo. Deixa lá. Transparente e limpo. Que é pra gente poder olhar com carinho e respeito pra esse potinho na estante. Eu sei que a tentação de reabrir o pote aparece todo dia. Nesse feriado até escondi o pote atrás de um outro mais velho. Tudo pra ainda poder olhar com carinho e respeito pra esse potinho na estante.




quinta-feira, 19 de março de 2009

Prostituição

Uma pessoa que deixa uma outra pessoa entrar na vida de dates de novo não pode exigir nada. Eu já estive nesses dois papéis. Acontece. Eu posso entender. Mas a pessoa que libera a outra não tem qualquer direito a ser clamado. Liberou, tá liberado.

Porque nessa vida de dates a parada não é fácil. Você pode ser chamada de velha por ter dois anos a mais que o garoto maroto lá ou pode levar tapas daquele que se comporta como se tivesse 12 anos de idade e fica implicando com você. Oi? Eu não quero levar tapas. Eu não gosto do Marcos da raquete e não quero me refugiar nos braços do Fred, o menino-peixe. Também não gosto do Chris Brown. Só se for naquele esquema de embolsar US$ 10.000.000 em caso de agressão. Rihanna colocou o preço do guarda-chuva lá em cima. You go girl!

De repente, todo mundo é inadequado. E a pessoa que pode te ajudar prefere te deixar na beira da estrada vulnerável a qualquer abordagem. Pois bem, você fica lá atendendo a caminhoneiros com sífilis emocional até encontrar um bom motorista que queira te incluir na viagem. E é na hora que o bom motorista cruza seu caminho, ou melhor, pára no seu ponto, que a pessoa que fez questão de largar você retorna. Chega colocando defeito no carro do bom motorista e falando que a viagem vai ser uma droga. Quer te levar de volta pra cidade natal de vocês dois. É isso ou você deve um pagamento pro cafetão de sentimentos que ele se tornou. Na boa: eu não pagaria.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O BBB é aqui.

Uma amiga chegou à conclusão que minha stalker tem síndrome de Ralf (fala muito, desinteressante, opina quando não é chamada, se acha bonita...).

Já tava pensando mesmo em virar vegetariana de vez. Parei com camarão.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Oi, tédio. Você vem sempre aqui?

Vendo a definição tosca de TÉDIO na Wikipedia...


"O tédio ocorre em diversas situações. O sentimento que envolve o tédio é aquele no qual sente-se um vazio, ou então simplesmente a falta de vontade de realizar atividades rotineiras, pois o comportamento humano funciona como uma espécie de equilíbrio, onde em demasia de atividades repetitivas, a pessoa sente-se frustrada, infeliz, incapaz, inerte ou insatisfeita, pois sente que algo esta lhe faltando."


Eu me sinto frustrada, infeliz, incapaz, inerte ou insatisfeita quando entro em um site e vejo que ele foi bloqueado por questões relacionadas à política de segurança da empresa.
Obviamente sou uma muçulmana fundamentalista dentro de uma instituição cristã e todos os sites que eu tento acessar versam sobre a fabricação de bombas. NOT.


"O sentimento de tédio pode ocorrer diversas vezes em um mesmo dia, tendo estas características e podendo levar a pessoa a realizar ações impulsivas¹, se não tendo auto-controle, ou simplesmente definhar até que faça algo a respeito da situação ou que encontre algo ou alguém novo para interagir no espectro do seu 'universo'²."


¹ As impulsivas ainda não rolaram, mas as ações compulsivas estão mode ON. Skinny.

² Nem vou falar sobre o velho que mora na tubulação de ar condicionado e que desconfia da existência de três espiãs em pleno Rio de Janeiro arquitetando a volta da URSS. Nem sobre Geophrey, o mordomo que conseguiu a receita original do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo. Muito menos sobre o Amadeus Pittsburgh, o homem contemporâneo sem medo de usar gola rolê e levar ChocoPop pro cinema.


"O tédio pode surgir devido a uma sensação de insatisfação, ou pela incapacidade da pessoa de poder escolher e optar sobre aquilo que julga ser o certo em determinado momento, no qual se acumulado por muito tempo a ânsia de querer realizar algo diferente ou que julgue necessário¹, gera atitudes imaturas², ou definhamento do indivíduo³."


¹ Entrar em contato com um outro exemplar da humanidade durante um expediente dominical, por exemplo?

² Blogar sobre isso, por exemplo?

³ A conferir nas cenas dos próximos capítulos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Já que tem a fama, deita na cama.

Torres diz:
Tô me sentido muito Bárbara nesse momento...

Torres diz:
Nunca fui tão indeciso assim...


EU NÃO SEI SE ESSA MINHA FAMA VEIO PORQUE EU SEMPRE ASSUMI SER INDECISA OU SE PORQUE AS MINHAS INDECISÕES SÃO PERCEPTÍVEIS A OLHO NU. NÃO SEI!